95. A arte moderna continua acompanhando a evolução da teologia josefina?

Podemos dizer que sim e um exemplo significativo disso encontra-se no grandioso afresco que ocupa a parte central da capela da Casa Geral dos Oblatos de São José em Roma, executado pelo pintor romano Pagliardini no ano de 1960, no clima de preparação do Concilio Vaticano II, cujo tema é expresso no afresco com a frase: “Quasi arcus refulget Joseph” (José resplandece como um arco-íris), uma expressão acomodada do livro do Eclesiástico (50,8), num elogio ao sumo sacerdote Simeão II. O arco-íris é um símbolo conhecido na Bíblia como sinal de aliança de Deus com o povo depois do dilúvio.

A presença de São José na história da salvação dá-se no momento em que Deus faz pessoalmente a sua aliança com os homens através do dom de seu Filho, por isso José ocupa o centro da cena sustentando o Filho de Deus com seu braço vigoroso, tendo na mão esquerda o lírio, símbolo de sua castidade. O Menino se agarra confiante em José que manifesta uma expressão de tranqüila segurança. Dois Anjos seguram uma faixa com a frase: “Te Joseph celebrent agmina coelitum” (Celebre José a corte celeste), um convite às potestades celestes para festejarem José, o arco-íris da paz.

À esquerda uma outra frase: “Protector Sanctae Ecclesiae” ( Protetor da Santa Igreja), e o espaço é ocupado por João XXIII apresentando a São José a Igreja representada pela Basílica de São Pedro, ele que o declararia, depois, aos 19 de março de 1961, o Protetor do Concílio Vaticano II. O quadro apresenta ainda outras representações referentes ao patrocínio de São José sobre a Congregação dos Oblatos de São José. Esta obra de notável valor artístico indica a consonância da arte com a atual teologia josefina.